audiência

Acusado de matar filha de ex-companheira vai a júri nesta terça

Camila Gonçalves

Foto: Gabriel Haesbaert (Diário)
Alice Kauane, de 3 anos, morreu em julho do ano passado

Um jovem acusado de matar uma criança por espancamento no ano passado, em Santa Maria, estará no banco dos réus amanhã, no Fórum de Santa Maria. Alisson Garcia Lopes, 21 anos, responde pela morte da filha da ex-companheira dele, Alice Kauane, 3 anos. A sessão será no Salão do Júri, a partir das 10h. Três testemunhas de defesa serão ouvidas na ocasião. O crime aconteceu na casa onde morava a família, na Vila Pôr do Sol, Bairro Nova Santa Marta, na noite de 11 de julho de 2017. 

Alisson reponde por homicídio triplamente qualificado, por motivo fútil, meio cruel e recurso que dificultou a defesa da vítima. Ele está detido na Penitenciária Estadual de Santa Maria (Pesm) desde a época do crime. O réu nega ter batido na criança.

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De acordo com o advogado Matheus Vicente Preto, que defende o acusado, as lesões em Alice, que foram registradas por imagens, são as mesmas já identificadas por testemunhas antes da morte da menina. O advogado sustenta que Alice teria caído e sofrido lesões internas. A agressão na noite do crime teria contribuído para a morte da criança, conforme a defesa. Preto também atribui a autoria da agressão à mãe da menina, Kanandra Ledi Lima da Silva, 22 anos.

A mãe de Alice foi condenada a 20 anos de prisão em regime fechado no dia 3 de agosto deste ano. Conforme a acusação do Ministério Público, tanto Kanandra quanto Alisson foram responsáveis pela morte da criança: ele pela ação, e ela pela omissão.

O CASO
No dia 11 de julho do ano passado, a criança deu entrada no Pronto-Atendimento do Patronato, levada pela mãe e pelo padrasto, já sem os sinais vitais. Como ela chegou sem vida e apresentava diversas marcas de hematomas e escoriações pelo corpo e pelo rosto, o médico que atendeu a criança chamou a Brigada.  

O laudo do Instituto-Geral de Perícias (IGP) confirmou o que testemunhas relataram à polícia: a menina de 3 anos morreu em decorrência de múltiplas agressões físicas, como já havia sido informado. O documento do IGP confirmou que a menina tinha hematomas e aranhões por todo o corpo. Comprova ainda que ela teve sangramento interno na cabeça e quebra da caixa torácica, que teria sido causada por um objeto contundente. 

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